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O centralismo significa, em
quinto lugar, que depois da discussão em cada organismo, as resoluções tomadas
são obrigatórias para todos os seus membros (artº 15).
Como vimos, qualquer militante do
Partido pode apreciar a sua orientação e atividade, pode (e deve) participar
nas resoluções do seu organismo, pode (e deve) exercer a crítica e a
autocrítica, pode (e deve), por via da organização, participar na elaboração da
sua linha política. São admitidas divergências de opinião, que são vantajosas
quando se manifestam dentro das organizações do Partido.
Mas a liberdade de discussão, tal
como o direito de crítica, existem não por si mesmos, mas com a finalidade de
adotar resoluções concretas sobre determinados problemas. O Partido não é um
“clube de discussões”: é sim uma organização para a ação, para a luta. Por isso
mesmo, uma vez debatidos os problemas e tomadas em consideração as opiniões
críticas, o Partido deve formar um critério único acerca deles. Se não for
possível a unanimidade de pontos de vista, há que votar. A discussão cessa
quando aprovada uma resolução sobre a questão em debate. A minoria submete-se,
então, à maioria, tornando-se a resolução obrigatória para todos.
O centralismo significa ainda, em
sexto e último lugar, uma disciplina rigorosa no acatamento dos princípios
orgânicos e das disposições estatutárias do Partido (artº 11,e).
A disciplina do Partido obriga
todos os seus membros, sem exceção. Não é uma disciplina ditada pelos que estão
“acima” e cumprida pelos que estão “abaixo”. Não há uma disciplina para os
“grandes senhores” e outra para a “arraia-miúda”, tal como não há uma
disciplina para os “militantes velhos” e outra para os “militantes novos”. A
disciplina é “igual para todos os membros do Partido” (artº 34), obriga tanto o
mais apagado militante como o mais destacado dirigente. Entretanto no que
respeita à disciplina, como no que respeita a todos os deveres do militante do
Partido, a gravidade da falta é tanto maior quanto mais responsabilidade na
organização tem o militante (artº 36).
A disciplina do Partido não é
cega, é sim uma disciplina consciente. Baseia-se na aceitação
esclarecida da orientação, do Programa e dos Estatutos do Partido. Os
militantes aceitam-na porque compreendem que ela é necessária para que o
Partido possa cumprir as suas tarefas, porque sabem que ela não contradiz antes
é condição da democracia interna.
A disciplina de Partido também não
é de “caserna” é sim uma disciplina voluntariamente aceite. Ao aderir
livre e conscientemente ao Partido, cada comunista aceita a sua lei, contrai
voluntariamente os deveres definidos nos Estatutos, entre eles o de ser
“cumpridor escrupuloso da disciplina do Partido” (artº 9, g).
Na diversidade, harmonia e sustentabilidade está o futuro da Humanidade!
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