100 anos de militância a caminho do futuro

1921-2021

quarta-feira, 15 de abril de 2020

3. O CENTRALISMO DEMOCRÁTICO, PRINCÍPIO BÁSICO DE ORGANIZAÇÃO DO PCP

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             E o Partido pôs os militantes, velhos e novos, direta e audaciosamente à prova em maiores responsabilidades. Saber reconhecer e descobrir os quadros no próprio campo de batalha política e social, avaliar dos mais valorosos pelas provas que dão, confiar neles mesmo quando muito jovens no Partido e muitos jovens na idade, é um princípio fundamental na política de quadros de um partido revolucionário numa época revolucionária.

             Dentre os militantes, os funcionários do Partido constituem um núcleo cuja preparação, dedicação e ardor revolucionário são da mais alta importância para o trabalho partidário.

             No cumprimento dos seus deveres, os funcionários do Partido têm de dar o exemplo de dedicação, de esforço, de trabalho, de espírito de classe. Na maioria das vezes não têm horário, nem domingos, nem descanso. Dão tudo o que podem dar e até mais do que podem. Mas os funcionários, ainda que possam ter maiores responsabilidades, não têm mais direitos do que os outros membros do Partido. Assim como não há categorias de membros do Partido de antes e depois do 25 de Abril, também as não há dos funcionários e dos não funcionários.

             É a fusão num grande coletivo, com vida política regular, dos dirigentes, dos funcionários, dos quadros em geral e de todos os membros do Partido que conferem ao PCP uma unidade e uma capacidade de ação e mobilização que não têm paralelo no quadro das forças políticas portuguesas.

             A democracia no Partido assegura não só a ação dos militantes, mas também relações adequadas entre eles e os organismos dirigentes, facilitando a sua ligação às massas.

             Aplicando a democracia na sua vida interna, o PCP “educa os seus membros no espírito do respeito pelas decisões coletivas e condena o trabalho individualista e o culto da personalidade” (artº 16). De facto, o centralismo democrático (e neste particular a democracia na vida interna do Partido) é uma firme garantia contra a deformação da sua política, contra fenómenos negativos como os métodos autoritários e burocráticos, contra o desprezo pela opinião dos militantes e das organizações de base, contra o culto da personalidade.



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