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(Desenho de Rogério Ribeiro)
As características fundamentais
do estilo de trabalho são:
1º
O espírito de classe presente na orientação e na prática política;
2º
O trabalho coletivo ligado à responsabilidade individual;
3º
A ligação do Comité Central com todo o Partido e dos vários organismos com as
bases respetivas;
4º
A crítica franca e fraternal e a autocrítica natural e espontânea;
5º
A camaradagem, a lealdade, o respeito mútuo, a fraternidade e a solidariedade
nas relações entre camaradas;
6º
A democracia como princípio, como linha de trabalho, como hábito de conduta,
como fator de unidade e disciplina, isto é, como forma natural de viver e atuar
no Partido;
7º
O respeito pela opinião dos militantes e a participação de todos na elaboração
das decisões;
8º
A autoridade ganha pelo trabalho e pelo exemplo, não por razões formais;
9º
O hábito de respeitar, mas jamais incensar, os dirigentes;
10º
A dignificação das tarefas mais modestas;
11º
O dinamismo, a energia, o espírito de iniciativa, a dedicação sem limites à
causa dos trabalhadores, da democracia, da independência nacional e do
socialismo.
Este estilo de trabalho do PCP foi
criado, forjado, corrigido, desenvolvido e aperfeiçoado, antes e depois do 25
de Abril, ao longo dos 99 anos da sua existência, na aprendizagem dos êxitos e
dos insucessos, no aferir das experiências positivas e negativas, na formulação
de conceitos correspondentes a uma prática cada vez mais rica de democracia
interna e na força cada vez mais exaltante e eficaz da unidade do Partido. Tal
estilo de trabalho está na raiz de muitos dos sucessos do PCP. Por isso se deve
manter e reforçar.
Mas, por vezes, manifestam-se (ou
podem manifestar-se também) tendências negativas que são de combater:
De combater o estilo de
trabalho absorvente e dirigista de camaradas que gostam de fazer tudo, que
chamam a si todas as tarefas, que sobrepõem sistematicamente a sua opinião à
dos camaradas e organismos inferiores, que intervêm mais como comandantes
políticos do que como dirigentes.
De combater o tipo de controlo
individual, que repete, em novas condições, o tipo de “controleiro” que a clandestinidade
impunha. As características negativas deste tipo de controlo são
fundamentalmente três:
A primeira -o controlo é
entendido como a ida do “controleiro” aos organismos inferiores, quando em
muitos casos haveria vantagem em que os responsáveis dos organismos inferiores
fossem membros dos organismos superiores ou pudessem ter contactos frequentes
com estes:
A segunda -a existência de
um único elo de ligação dos organismos inferiores com os superiores por
intermédio do funcionário do Partido, o que prejudica o conhecimento das
organizações pelos organismos de direção, tornando mais contingente a
transmissão de diretrizes e sujeitando a apreciação dos problemas das
organizações aos critérios subjetivistas dos funcionários;
A
terceira
–um certo afastamento entre os organismos de direção do Partido e a base, o que
constitui um efetivo travão à atividade.
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