100 anos de militância a caminho do futuro

1921-2021

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domingo, 22 de março de 2020

Saudação não-dita em jantar não-realizado

Saudação não-dita em jantar-convívio (não-realizado) dos 99 anos do PCP e do começo, em Ourém, da assinalação do Centenário, transformada em mensagem... e sinal muito preocupante do tempo que estamos a viver e do que vem aí :


Caros Camaradas,
Tínhamos agendado para hoje o jantar de comemoração do aniversário do nosso Partido, de assinalação do Centenário e de convívio com amigos. As condições emergentes – de declarada emergência nacional – impedem-nos de concretizar esse acto político e de confraternização.
Pessoalmente, tinha a intenção de vos dirigir algumas palavras sobre as razões do encontro e o momento político que se vive. 
Antes de mais, queria saudar-vos por podermos encontrar-nos e reafirmar a convicção e disposição de lutar pela transformação da sociedade no sentido da valorização do trabalho e dos trabalhadores e de combate às desigualdades sociais que se agravam, e mais se agravarão com o rumo que procuram impor a Portugal, a pretexto de tudo e não recuando perante nada.
Não se nega a gravidade do problema sanitário que ocorre. Mas tenhamos o discernimento e o dever de nos informarmos e de ser portadores de informação, mostrando que os problemas do ser humano (todos os problemas que a Humanidade confronta) podem ser encarados 
ou com a intenção de privilegiar o social, o colectivo 
ou com a procura de oportunidades para beneficiar interesses privados, egoístas, quaisquer as consequências sociais. 
O Serviço Nacional de Saúde, tão atacado mostra-se indispensável e de necessário reforço. A nível internacional, a China e Cuba têm sido verdadeiros exemplos da diferença. Quase amordaçados, mas tão fortes que se tornam evidentes.
É difícil o tempo que se vive. O momento é de enorme gravidade.
Mas dele pode sair-se mais esclarecido e a lutar por um mundo melhor... ou ver-nos-emos a defrontar condições mais desumanas, nomeadamente com relações laborais mais negativas, ainda mais desiguais socialmente, adiando o Futuro.
Depende de todos nós. A nossa luta parece-me cada vez mais difícil, por isso mais necessário o nosso esforço, ao lado de outros como nós, que temos de informar, de esclarecer e, para isso, temos de nos informar, de nos esclarecer. Contra uma máquina montada e poderosíssima para desinformar, para manipular. Os nossos encontros são cada vez mais necessários e estão a ser dificultados, com razões e aproveitamentos de razões. 
Temos de encontrar maneiras de ultrapassar essas e outras dificuldades.
Estamos em Primavera. Aproveitemo-la!
                                                A camaradagem e a amizade do
                                                                                               Sérgio      

sexta-feira, 6 de março de 2020

O comício e a imprensa


Aqui»» PCP faz 99 anos. Uma história em 32 datas



Comunistas assinalam centenário e "um futuro com partido"
Lusa

O PCP assinala hoje os seus 99 anos com um comício, onde serão anunciadas as comemorações do centenário, em 2021, com que os comunistas pretendem afirmar que "o futuro tem partido"
PCP vai divulgar o essencial das comemorações dos 100 anos do partido que foi criado em 06 de março de 1921
O discurso principal da noite será de Jerónimo de Sousa, secretário-geral desde 2004 e vai acontecer no antigo Pavilhão dos Desportos, em Lisboa, "um local emblemático e com história" para os comunistas portugueses, dado que foi ali que se fez o primeiro congresso do PCP após o 25 de Abril, em outubro de 1974, recordou à Lusa José Capucho, da comissão política do partido.

Foi lá, também, que durante a "revolução dos cravos" se realizaram comícios dos comunistas, então liderados por Álvaro Cunhal, ou a exposição dos 60 anos do partido, em 1981, e ainda o encontro que criou a Juventude Comunista Portuguesa (JCP).
Mas, além de recordar "as lutas" dos comunistas nas últimas décadas, José Capucho afirmou que, com o comício, o PCP pretende também fazer "a afirmação muito clara de quais são os projetos" a "luta atual e a validade do projeto do PCP para o futuro do país.
"É a afirmação clara de que o futuro tem partido", acrescentou, utilizando o lema do centenário "Liberdade, Democracia, Socialismo - O futuro tem partido".
No comício, o PCP vai divulgar o essencial das comemorações dos 100 anos do partido que foi criado em 06 de março de 1921, tendo José Carlos Rates como seu primeiro secretário-geral.
Na próxima festa do Avante, em setembro, vai ser apresentado um documentário sobre a história do partido e está, igualmente, prevista a edição e reedição de obras de dirigentes comunistas, como Cunhal, mas também de José Vitoriano, que se destacou na área sindical, ou ainda Francisco Miguel, outro dirigente histórico.
Está ainda prevista a edição do livro "100 anos de luta ao serviço do povo e da pátria, pela democracia e o socialismo", e, em moldes ainda a definir, vai realizar-se uma conferência internacional sobre o PCP e o comunismo.
O comício dos 100 anos está previsto para outro local simbólico para o partido, o Campo Pequeno, em Lisboa, onde "se realizou o primeiro grande comício do PCP a seguir ao 25 de Abril", acrescentou José Capucho.
Olhando para o futuro, num ano em que se realiza, em novembro, o seu XXI Congresso, na resolução sobre o centenário pode ler-se que "o caminho que Portugal precisa e o PCP propõe ao povo português é o da rutura com a política de direita e a concretização de uma alternativa patriótica e de esquerda vinculada aos valores de Abril".
A organização espera ter um comício participado e minimiza os eventuais efeitos do surto do Covid-19, embora recomendando às pessoas que, "sem alarmismo", adotem as precauções normais numa situação de surto viral.
Para José Capucho, "não há razões" para militantes e simpatizantes "não participarem" no comício ou que "têm que ficar em casa".
"Pelo contrário, devem vir ao comício sem qualquer constrangimento sem qualquer problema. Não há qualquer razão para ter alguma preocupação em relação a isso", afirmou.
O Partido Comunista Português foi criado em 1921 e teve, ao longo da sua história, cinco secretários-gerais, tendo Álvaro Cunhal sido o mais marcante, durante 32 anos, entre 1961 e 1992.
O primeiro, de 1921 a 1929, foi José Carlos Rates, seguindo-se Bento Gonçalves, de 1929 a 1942. Da década de 1940 a 1961 houve um período sem secretário-geral, antes de Cunhal ser escolhido. Carlos Carvalhas foi líder do partido de 1992 e 2004, ano em que é escolhido Jerónimo de Sousa.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Fieis à sua matriz a caminho do centenário

Amanhã 6 de março vamos lá estar!



PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS

AO PAÍS

« O Partido Comunista Português, ao publicar o seu primeiro manifesto, saúda todos os trabalhadores, intelectuais e manuais, como as únicas forças vivas e produtivas capazes de uma profunda e enérgica reconstrução social da sociedade portuguesa.
     O Partido saúda igualmente o Proletariado internacional e bem assim os Partidos Comunistas de todo o mundo – salientando nestas saudações, como preito de homenagem ao seu heroico sacrifício, todos os trabalhadores que hajam sucumbido na luta contra a reação burguêsa-capitalista, ou que jazem nos cárceres lúgubres do capitalismo mundial, mercê da mesma luta.»



Amanhã 6 de Março Rumo aos 100


Comício dos 99 anos do PCP abre comemorações do centenário

CELEBRAÇÃO Com o comício comemorativo do 99.º aniversário do PCP que se realiza amanhã no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, iniciam-se as comemorações do centenário do Partido, que decorrem até Março de 2022.
Para além deste comício, com início marcado para as 21 horas, o PCP celebra o seu 99.º aniversário noutras iniciativas centrais, em que participa o Secretário-geral, Jerónimo de Sousa: um comício no Porto no dia 14, um almoço no Seixal a 15, um jantar-comício na Madeira a 20 de Março e, dois dias depois, um almoço no Alentejo. Acresce a este programa central uma multiplicidade de acções promovidas, em todo o País, pelas organizações partidárias.

Em destaque nestas comemorações estarão, como sempre, o projecto, a luta, as propostas e a história do Partido. A intenção é que concorram para o imprescindível reforço da sua organização, intervenção e influência.

Do comício de amanhã, no renovado Pavilhão Carlos Lopes, situado no alto do Parque Eduardo VII, pode-se esperar uma celebração festiva, mas também combativa, como não podia deixar de ser tratando-se do aniversário do Partido Comunista Português. Às intervenções de Jerónimo de Sousa e de um representante da Juventude Comunista Portuguesa soma-se a poesia e a música e o tradicional bolo de aniversário.

O próprio regresso ao Pavilhão Carlos Lopes, antigo Pavilhão dos Desportos, assume em si mesmo um grande significado, pois (como foi realçado na última edição do Avante!) o PCP realizou ali, ao longo dos anos, importantes iniciativas: do VII Congresso (Extraordinário) de Outubro de 1974 à grande exposição evocativa dos seus 60 anos, em 1981, passando por diversos comícios de aniversário ou eleitorais.
Rumo aos 100

Mas o comício de Lisboa, realizado no próprio dia em que se assinala o 99.º aniversário do PCP, assume uma importância acrescida, ao marcar o início das comemorações do centenário do Partido. Na ocasião, será apresentado o programa das comemorações, que decorrem até Março de 2022.

No passado fim-de-semana, o Comité Central aprovou uma Resolução sobre as comemorações do Centenário do PCP, sob o lema Liberdade, Democracia, Socialismo – o futuro tem Partido (ver páginas 9 a 24), na qual se dá já a conhecer algumas das principais iniciativas previstas: um comício no Campo Pequeno a realizar no próprio dia do centenário (6 de Março de 2021), um grande espectáculo, o livro «100 anos de luta ao serviço do povo e da pátria, pela democracia e o socialismo», exposições, debates e sessões em todo o País, um documentário, o tratamento específico na imprensa do Partido, bem como a projecção internacional das comemorações. Na Festa do Avante! de 2021 o centenário do PCP terá uma «importante expressão», lê-se.

O Comité Central decidiu ainda integrar nas comemorações do centenário do PCP um amplo programa de reforço do Partido, anunciando desde já, no comunicado da recente reunião, algumas das medidas que o integram: o desenvolvimento de uma «intensa acção de responsabilização de quadros»; o reforço da organização do Partido nas empresas e locais de trabalho, com o «objectivo de criação de 100 novas células de empresa, local de trabalho ou de sector, até Março de 2021, bem como a responsabilização de 100 novos camaradas pela tarefa de acompanhamento de células»; o aumento do valor das quotizações; e a realização da campanha nacional de fundos «O futuro tem Partido», a decorrer entre Abril de 2020 e Maio de 2021