São milhares de trabalhadores: PCP junta denúncias que mostram as fugas à lei laboral
Público 26 de Março de 2020
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Lojas, fábricas, hotéis, call centers – boa parte do mundo laboral está
suspenso. As empresas tentam resistir à crise contornando a lei laboral. Despedimentos,
contratos não renovados, férias forçadas, layoff, redução de horário e
de salário são alguns truques usados.
São já às dezenas e chegam de todo o país, da
indústria à restauração, dos transportes ao sector social, passando pelas lojas
e hotelaria. Mostram como as leis laborais estão a ser violadas todos os dias e
vão antecipando a imagem de um mercado de trabalho debilitado por uma crise que
não tem ainda fim à vista. À caixa de correio que o PCP criou na passada semana
para receber denúncias de atentados a direitos dos trabalhadores (denuncia@pcp.pt) têm chegado dezenas de casos
diariamente, alguns sobre centenas de trabalhadores da mesma empresa.
“No essencial, 90% são questões laborais, seja
despedimentos, não renovação de contratos, férias forçadas, layoff com
perda de rendimentos, mudança de local de trabalho”, descreve ao PÚBLICO João
Frazão, da comissão política do Comité Central do PCP. A outra fatia
corresponde a denúncias de especulação de preços ou sobre insuficiências nos
serviços públicos como centros de saúde fechados, acrescenta.
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