100 anos de militância a caminho do futuro

1921-2021

sexta-feira, 13 de março de 2020

O 50º aniversário

Para o primeiro contributo neste blog comemorando o centenário do Partido, regresso não às origens, mas ao ponto intermédio. Em 1971, o PCP comemorava o seu 50º aniversário. Vivia-se ainda sob o fascismo e o Partido agia na clandestinidade. Mas a sua história e papel na sociedade portuguesa era tais, que no Avante! comemorativo se afirmava:
«O PCP é a mais antiga das formações políticas existentes. É ao mesmo tempo a mais jovem, pelos seus ideais, pelo seu programa, pelo seu dinamismo, a sua energia, a confiança dos seus militantes, a adesão da juventude às suas fileiras. Nenhuma outra força política portuguêsa tem um passado de luta que se lhe possa, mesmo de longe, comparar. Nenhuma outra, no presente, se lhe pode comparar em organização e em influência. Nenhuma outra tem diante de si mais amplas perspectivas. Comemorando um passado de 50 anos, o PCP está plenamente confiante em que o futuro lhe pertence, em que realizará as tarefas a que se propõe.»
Esta edição foi também uma homenagem aos muitos camaradas resistindo na clandestinidade, que foram presos, torturados, e assassinados pelas forças repressivas do fascismo. Exemplos então recordados, e ainda hoje lembrados. Da Resolução do CC do PCP sobre o 50º Aniversário:
«50 anos de existência do PCP são 50 anos de luta de sucessivas gerações de revolucionários que, educados pelo Partido, defrontaram corajosamente a repressão e o terror. 50 anos de existência são 50 anos de sacrifícios imensos de milhares de militantes que souberam dar exaltantes exemplos de coerência e dedicação na actividade e na vida clandestina, ante o inimigo, ante as balas assassinas, sob a tortura, no Tarrafal, nas prisões fascistas»
Esta edição do Avante! assinala também as saudações internacionais recebidas de partidos comunistas irmãos, entre os quais destaco, pois ainda se trava a guerra nas colónias, a saudação do PAIGC, assinada pelo seu Secretário Geral, Amílcar Cabral, onde sublinha que:
«Nós, os patriotas nacionalistas da Guiné e Cabo Verde, não esquecemos nunca que o vosso Partido, desde o seu congresso em 1957, proclamou sem rodeios o direito dos povos coloniais à independência e tem sabido dar à nossa luta todo apoio moral e político possível.»

Sem comentários:

Enviar um comentário