AGOSTINHO SABOGA (1909 - 1971)
Terá nascido no Seixal e casado na Figueira da Foz. Foi operário vidreiro desde
criança até entrar para a clandestinidade, como funcionário do Partido.
Agostinho Saboga, nas diversas tarefas que realizou, esteve instalado em vários
locais do País, tendo ao seu lado a sua companheira, Lucinda Mendes. A filha
viveu com os pais na clandestinidade até aos 11 anos de idade (*).
Participou nos dois primeiros congressos ilegais do Partido (1943 e 1946).
Entre 1946 e 1947, Agostinho e Lucinda Mendes Saboga instalam-se em Coimbra,
mas tiveram que abandonar a casa onde habitavam, pois tinha sido entretanto
detectada pela PIDE.
Em 1948, são capturados na sua casa de Soure.
Agostinho Saboga volta a ser preso em 1953.
Entre 1957 e 1958, Agostinho Saboga e Lucinda estão na clandestinidade em
Matosinhos, mais precisamente em São Mamede de Infesta, numa casa onde
funcionava uma tipografia clandestina. Das mãos do casal saem jornais e
folhetos. A ligação partidária era, então, assegurada por Sofia Ferreira.
Em 1958, sofre a sua terceira e última prisão. É julgado em Tribunal Plenário,
pela primeira vez, e condenado a cinco anos e sete meses de prisão, com as
famigeradas "medidas de segurança".
Morreu com 62 anos, tendo passado 14 anos na prisão.
Na Figueira da Foz foi dado o seu nome a uma rua.
Nota biográfica de Helena Pato, escrita a partir de: http://www.avante.pt/pt/1847/pcp/28790/
Nota:
Segundo informação de Alexandre Campos (Figueira da Foz), Agostinho Saboga não
teria nascido na Figueira da Foz, mas aí trabalhou e casou. Seria filho de um
operário algarvio (republicano convicto), que trabalhou no Seixal como operário
vidreiro, e aí terá nascido, sendo depois registado nos Olivais, em Lisboa. Foi
responsável do PCP pelo distrito de Coimbra e sul do distrito de Aveiro.
Trabalhou na Figueira onde casou e onde nasceram os seus 5 filhos. Em 1939 foi
despedido da vidreira onde trabalhava e foi trabalhar para a Marinha Grande. A
sua filha mais nova esteve na clandestinidade com ele e a companheira, entre os
7 e os 11 anos, e ajudou na impressão dos Avantes clandestinos.
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