100 anos de militância a caminho do futuro

1921-2021

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Exposição "O futuro tem Partido" na Academia Almadense

 

 

No dia 4 de dezembro, pelas 18 horas, com a presença de Jerónimo Sousa, Secretário Geral do Partido Comunista Português, na Academia Almadense, foi inaugurada a exposição como tema «Centenário do PCP».

A exposição vai estar patente ao público na Academia Almadense, na Rua Capitão Leitão, em Almada, entre 4 e 15 de dezembro, podendo ser visitada, de segunda a sexta feira, entre as 15h30 e as 20 horas; aos fins de semana das 9h30 às 12h30.

A inauguração da exposição, no dia 4 de dezembro, pelas 18 horas, contou com a presença de Jerónimo Sousa, Secretário Geral do Partido Comunista Português.

Na inauguração, Jerónimo de Sousa convidou os presentes a «conhecer» o Partido e «o seu percurso de 100 anos de vida e luta ao serviço dos trabalhadores, do povo e da pátria, pela democracia e o socialismo» e «a passar palavra, informar, esclarecer, combater preconceitos, calúnias e mentiras» que «os centros ideológicos do grande capital todos os dias dirigem contra o PCP».

Apelou, também, à mobilização de «muitos outros democratas e patriotas» para uma visita àquela mostra e à participação nas muitas iniciativas que integram as comemorações do centenário do PCP, desde logo o lançamento, no próximo mês de Janeiro, do livro «100 anos de luta ao serviço do povo e da pátria pela democracia e o socialismo», à participação nos debates, encontros e muitas outras iniciativas com que o Partido comemora os 100 anos da sua intervenção «a construir futuro – um futuro liberto da exploração do homem pelo homem, realizando as aspirações e o sonho milenar de todos os explorados e oprimidos».

Ainda sobre as comemorações do PCP, «que em 100 anos de intervenção nunca virou a cara à luta pela superação dos problemas, pela conquista da liberdade, pela democracia e o socialismo, no fundo, os três grandes valores que dão corpo ao nosso projecto de futuro», o Secretário-geral comunista frisou: «cá estamos» para «lembrar que este Partido, criado a 6 de Março de 1921, foi obra da classe operária portuguesa, sob o impacto internacional da Revolução de Outubro». Ao longo destes 100 anos, «não há nenhuma transformação social, nenhum avanço ou conquista dos trabalhadores e do povo português a que não esteja directa ou indirectamente associada a iniciativa, a luta, a acção e a intervenção do PCP», acrescentou.

Olhar para o futuro

A exposição inaugurada, «mais do que do passado, fala e mostra o futuro, dá notícia dos valores que são a essência de uma acção, de uma concepção e de um projecto que responde aos interesses fundamentais e às aspirações mais profundas da classe operária e de todos os trabalhadores, dos pequenos e médios agricultores, dos intelectuais e quadros técnicos, dos micro, pequenos e médios empresários, da juventude, das mulheres, dos reformados, dos idosos, das pessoas com deficiência, de todos os homens e mulheres progressistas», reforçou Jerónimo de Sousa.

O momento contou com a presença, entre outros, de José Capucho e Margarida Botelho, dos organismos executivos do Partido.

Mostra amplamente documentada e ilustrada

A exposição arranca com a «Formação do PCP», que «não foi fruto do acaso» e resulta «de uma necessidade objectiva em consequência do desenvolvimento do proletariado português, do amadurecimento da sua experiência e consciência social e política e da sua luta, sendo também expressão da projecção que a Revolução de Outubro teve em Portugal».

«Partido da classe operária e da resistência», «Um grande Partido nacional», «Sempre na vanguarda da luta», «As forças revolucionárias abalam o regime», «Rumo à Vitória», «Revolução de Abril», «O PCP e a Revolução», «Contra-revolução, ofensiva e resistência», «Em defesa das conquistas de Abril», «Reafirmação do ideal e do projecto comunista», «Resistência e luta pela soberania nacional e pelos direitos dos trabalhadores», «Luta, confiança, um PCP mais forte», «Contra a política dos PEC e do pacto de agressão», «Defesa, reposição e conquista de direitos na luta pela alternativa», são outros dos temas abordados.

«No horizonte da evolução social está o comunismo, sonho milenar da humanidade progressista, sociedade sem classes, sociedade da abundância, de igualdade social, de liberdade e cultura para todos, de iniciativa e criatividade colectiva e individual, sociedade de trabalhadores livres e conscientes, na qual o trabalho será não apenas uma fonte de riqueza mas uma actividade criadora e uma fonte de alegria, de liberdade e valorização pessoal e na qual a paz, a saúde, a cultura, o repouso, o recreio, um meio ambiente equilibrado, a acção colectiva e o valor do indivíduo serão componentes da felicidade humana», citação retirada do Programa do PCP – Uma Democracia Avançada, os valores de Abril no futuro de Portugal», aprovado no XIX Congresso do PCP.

Materiais com história

O visitante pode ainda conhecer documentos e objectos históricos, que marcam a vida do Partido. Em diversas vitrines estão patentes números do jornal Avante! e da revista O Militante, editados clandestinamente, com um copiógrafo manual e um rolo de tinta, utilizados para os fazer. Expostos estão, também, um conjunto de emblemas, pins e os «canhotos» de entradas permanentes (EP) para a Festa do Avante!, verdadeiras obras de arte. Motivo de grande interesse são também alguns exemplares de boletins de célula de empresas, como O Faísca e A Pirite, e para dois quadros, carregados de enorme beleza e significado, das células de trabalhadores do PCP nos estaleiros navais da Parry& Son e do Arsenal do Alfeite. Numa sala de cinema improvisada foi exibido um documentário sobre o centenário do PCP, o mesmo que fora transmitido no XXI Congresso, realizado uma semana antes em Loures. Trata-se de um bem documentado (e emocionante) testemunho de um século de luta e resistência, sempre ao lado dos trabalhadores e do povo, pela democracia e o socalismo.

Pode ainda adquirir canecas, fitas de pescoço, canetas, cadernos, caixas de música com A Internacional e camisolas, entre outros materiais.

Jerónimo de Sousa valoriza
«grande êxito» do Congresso

Sobre o XXI Congresso que o PCP realizou nos dias 27, 28 e 29 de Novembro, em Loures, sob o lema «Organizar, lutar, avançar – Democracia e Socialismo», o Secretário-geral do PCP afirmou que «foi uma poderosa demonstração de unidade, coragem, combatividade, determinação e confiança na acção transformadora dos que, como o PCP, lutam por melhores condições de vida, por um Portugal desenvolvido, soberano e de progresso social».

«Valorizando o Congresso como notável realização deste grande colectivo partidário, cá estamos como sempre, reforçando a nossa organização, não para nos voltarmos para dentro, como alguns pretendiam, mas para, mais fortes, determinados e confiantes, pelo grande êxito deste Congresso, darmos corpo à luta de todos os dias no combate à exploração, pela defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo, para tornar a vida melhor», destacou Jerónimo de Sousa, apelando aos «democratas e patriotas» que convirjam com o PCP na luta e, em unidade com o Partido, «ajudem a construir um Portugal com futuro».

Reivindicações concretas

De seguida, avançou com «reivindicações concretas», nomeadamente o aumento geral dos salários – incluindo o aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros – e a revogação das normas gravosas da legislação laboral. Nas suas palavras, também não foram esquecidos os micro, pequenos e médios empresários – incluindo naturalmente os da área da restauração que, em muitos casos, se vêm hoje confrontados com a ruína – e os profissionais das artes e da cultura, «afogados num mar de problemas e a viver uma situação dramática».

Defender o investimento público, os serviços públicos e as funções sociais do Estado, «travando o combate em defesa e pelo reforço do Serviço Nacional de Saúde», tal como o PCP fez no âmbito do Orçamento do Estado para 2021, foram outras das prioridades avançadas, a par da dinamização de uma forte campanha para as eleições presidenciais em torno da candidatura de João Ferreira.

Comício em Março de 2021
terá um grande significado político

No âmbito das comemorações que se vão desenvolver até 2022, terá ainda lugar um vasto conjunto de iniciativas, nomeadamente um comício no próximo ano, a 6 de Março, no Campo Pequeno, em Lisboa, no dia do centenário do PCP. «Comício de grande significado político na afirmação do ideal e do projecto comunista, na valorização dos 100 anos de vida e luta do PCP, no alargamento do seu prestígio e influência política e social e no reforço da sua organização e intervenção na actualidade e projecção no futuro», mas também «na defesa e conquista de direitos, na luta pela ruptura com a política de direita e por uma alternativa patriótica e de esquerda, parte integrante de uma democracia avançada vinculada aos valores de Abril, na luta de sempre pelos seus objectivos supremos, o socialismo e o comunismo», adiantou Jerónimo de Sousa.

 

 

 

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